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Archive for janeiro 2010

Sorteio de inscrições para o FÓRUM DEMOCRACIA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO no Twitter

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Divulgando promoção do imil.org.br :

21/01/2010

Sorteio de inscrições para o FÓRUM DEMOCRACIA E LIBERDADE DE EXPRESSÃO no Twitter

Instituto Millenium

O Instituto Millenium está sorteando no TWITTER inscrições “CORTESIA” para o Fórum Democracia e Liberdade de Expressão em São Paulo.

Para participar você deve:

a) Seguir o Instituto Millenium no Twitter ( @instmillenium )
b) RT (retuitar) a mensagem:

Quero ir ao Fórum Democracia e Liberdade de Expressão http://migre.me/hrm9

ATENÇÃO: O sorteio é aberto a followers de todo o Brasil e inclui apenas a inscrição para o evento. Passagens, transporte e hospedagens não estão inclusos.

Toda semana serão sorteadas duas inscrições.

O sorteio é automatizado e será realizado através do serviço Sorteie.me

Quanto mais mensagens você enviar com o link ” http://migre.me/hrm9 ” mais chances você tem de ganhar!

(Promoção válida até o dia 23/02/2010)

Fonte: http://www.imil.org.br/blog/sorteio-de-inscricoes-para-o-forum-democracia-e-liberdade-de-expressao-no-twitter 

http://twitter.com/instmillenium

‘Conferência Nacional de Cultura’: Mais uma tentativa de controle da sociedade

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Revista Veja – Edição 2149 / 27 de janeiro de 2010

Cultura: Mais uma tentativa de controle da sociedade 

Brasil

A obsessão totalitária

Censurar a imprensa e impedir o fluxo de ideias no Brasil é a única bandeira genuinamente comunista que sobrou aos petistas

 

Fábio Portela
 

Um observador ingênuo pode não entender a obsessão de petistas, manifestada desde o momento zero do governo Lula, de abolir a liberdade de expressão no Brasil. Afinal, em sete anos de administração do país, alguns fizeram enormes avanços pessoais e coletivos. Aumentaram o patrimônio, passaram a beber bons vinhos e a vestir-se com apuro. A política econômica é modelo até para os países avançados e as conquistas sociais fazem inveja a reformadores de todos os matizes ideológicos. Destoam desse rol de avanços a diplomacia megalonanica e a inconformidade com o livre trânsito de ideias no país. O próximo ataque organizado à liberdade de expressão se dará em março, com a Segunda Conferência Nacional de Cultura (CNC). Apesar do nome pomposo, ninguém irá lá para discutir cultura. Os petistas vão, mais uma vez, tentar encontrar uma forma de ameaçar a liberdade de imprensa e obrigar revistas, jornais, sites e emissoras de rádio e TV a apenas veicular notícias, filmes e documentários domesticados, chancelados pelos soviets (conselhos) petistas e reverentes à ideologia de esquerda.

O evento é a continuação por outros meios da batalha pela implantação da censura à imprensa no Brasil. Isso começou em agosto de 2004, com a iniciativa, abortada, de criar um Conselho Federal de Jornalismo (CFJ). Nos últimos meses foram feitas mais duas tentativas. Uma delas na Conferência Nacional de Comunicação (Confecom). A outra com o PNDH-3, o Programa Nacional de Direitos Humanos. O que o CFJ, a CNC e o PNDH-3 têm em comum? Todos embutem a criação de um tribunal para censurar, julgar e punir jornalistas e órgãos de comunicação que desobedeçam às normas governamentais. É um figurino de atraso.

Por que essa obsessão não se dissipa? Primeiro, porque ela é a única bandeira que sobrou às esquerdas cujas raízes podem ser traçadas ao seu berço comunista no século XIX. A censura à imprensa é uma relíquia esquerdista, um bicho da era stalinista guardado em cápsula de âmbar e cujo DNA os militantes sonham ainda retirar e com ele repovoar seu parque jurássico. Todas as outras bandeiras foram perdidas. A do humanismo foi dinamitada pela revelação, em 1956, dos crimes contra a humanidade perpetrados por Stalin. A da eficiência econômica e a da justiça social ruíram com a queda do Muro de Berlim, em 1989. Sobrou a bandeira da supressão da voz dos que discordam deles. Mesmo isso não pode ser feito com a dureza promulgada por Lenin (“Nosso governo não aceitaria uma oposição de armas letais. Mas ideias são mais letais que armas.”).

O maior ideólogo da censura à imprensa, cujo nome sai com a facilidade dos perdigotos da boca dos esquerdistas brasileiros, é o italiano Antonio Gramsci (1891-1937). Como a revolução pelas armas se tornou inviável, Gramsci sugeriu a via do lento envenenamento ideológico da cultura, do idioma e do pensamento de um país. É o que tentam fazer os conselhos, conferências e planos patrocinados pelo PT. É neles que se dá a alquimia gramsciana. Ela começa pela linguagem. A implantação da ditadura com o fechamento do Congresso é vendida como “democracia direta”; a censura aparece aveludada como “controle da qualidade jornalística”; a abolição da propriedade privada dilui-se na expressão “novos anteparos jurídicos para mediar os conflitos de terra”. Tudo lindo, pacífico, civilizado e modernizador. Na aparência. No fundo, é o atalho para a servidão. Thomas Jefferson neles, portanto: “…entre um governo sem imprensa e uma imprensa sem governo, fico com a segunda opção”.

Fotos Bettmann/Corbis/Latinstock
 

Um tema, duas visões 

No século XVIII, o futuro presidente americano Thomas Jefferson já enxergava a liberdade de imprensa como um dos pilares da democracia. No século XX, o bolchevique Lenin inaugurou a doutrina esquerdista que vê no jornalismo independente uma ameaça a ser combatida

 

“Se eu tivesse de decidir entre ter um governo sem jornais e ter jornais sem um governo, eu não hesitaria nem por um momento antes de escolher a segunda opção.”

Thomas Jefferson, em 1787

“Dar à burguesia a arma da liberdade de imprensa é facilitar e ajudar a causa do inimigo. Nós não desejamos um fim suicida, então não a daremos.”Vladimir Lenin, em 1912  

 

 Fonte: http://veja.abril.com.br/270110/obsessao-totalitaria-p-064.shtml

PNDH-3: O golpe, de novo

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A Notícia – 24 de janeiro de 2010. | N° 654

O golpe, de novo

por Apolinário Ternes*

Desde a divulgação da “Carta aos brasileiros”, em meados de 2002, ficou estabelecido o princípio basilar de o PT sepultar a ética e a coerência sempre que estiver em disputa o poder. Agora, com o Programa Nacional de Direitos Humanos, o governo tenta, mais uma vez, anular a Constituição e estabelecer a tutela da Nação. Um governo que abriga ex-terroristas, muitos em cargos importantes, não poderia encerrar dois mandatos sem ao menos tentar colocar em prática as teorias e ações ditatoriais que defende. Os ex-guerrilheiros do governo não hesitaram em adotar o terrorismo para derrubar a ditadura de 1964 e colocar a ditadura deles no lugar daquela. Não conseguiram nas décadas de 1960 e 1970 pelas armas, tentam agora extinguir o Estado de direito pelo golpe da caneta.

O Plano Nacional de Direitos Humanos, documento extenso de 80 páginas, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou sem ler e que decidiu abrandar com pequenas revisões, tem a quase unanimidade de protestos das instituições democráticas da Nação. Militares, religiosos, entidades de representação de classe da mídia, dos advogados e até mesmo dos agricultores, rebelam-se diante da tentativa de invalidar a Constituição e colocar a ordem e o direito sob o manto do autoritarismo.

O PNDH é um atentado à democracia e abjeta tentativa de tornar o Brasil uma republiqueta de banana, com fanáticos tentando avançar nas mais elementares regras de convivência democrática. Da retirada de identificação de praças e edificações públicas de nomes ligados ao regime militar, passando pela anulação da Lei de Anistia, o Programa de Direitos Humanos interfere em quase tudo, desde a propriedade privada à proibição de símbolos religiosos em locais públicos e até na questão do aborto. Como disse dom Lara Resende, secretário-geral da CNBB, “daqui a pouco vamos ter que demolir a estátua do Cristo”, aquela do Rio de Janeiro. Em tempo, os veículos de comunicação de massa, igualmente, serão submetidos a “comitês de acompanhamento”, com a imprensa só podendo publicar a versão jornalística que interesse ao Palácio do Planalto. Tudo, portanto, que não contribua para a edificação do mito de Lula fica proibido, em nome dos “direitos humanos”, versão dos ex-terroristas, cuja ambição continua a transformar o Brasil num país comunista, mesmo que o comunismo tenha acabado em 1989.

A nova tentativa vai dar em nada, pois deve morrer no Congresso. Assusta, porém, constatar que há gente interessada. E não desistem do golpe e da ditadura, apesar das derrotas sucessivas dos últimos anos. Felizmente, apesar das mazelas e do altíssimo índice de corrupção da vida pública, a democracia se mantém – por quanto tempo? – e a Nação resiste às alopradas tentativas de se revogar a Constituição.

A revista “Veja” diz que o Programa Nacional de Direitos Humanos é “coisa de maluco”. Mesmo assim, é preciso lembrar que Hugo Chávez, Evo Morales e outros presidentes menos votados também, no começo, foram classificados de “malucos”. E, no entanto, conseguiram arruinar suas nações.

Aqui, mesmo com o presidente Lula assinando o que não lê, são lançados “pacotes” malucos que tentam censurar e dirigir a imprensa, controlar a cultura, desfigurar a propriedade privada e estabelecer “comitês de controle popular”.

De qualquer forma, foi de trapalhada em trapalhada que o PT se cobriu de vergonha em todo o País. Em ano de eleição, é bom saber que eles não desistem e tentam aplicar ideias do século 19, rejeitadas em todo o planeta. Pode ajudar o eleitor a perceber que “coisa de maluco” é votar em gente assim. Os aloprados de Lula, de fato, são invencíveis na obtusidade, na arrogância e no radicalismo.

aternes@terra.com.br 

*Historiador e jornalista

Fonte: A Notícia, SC
http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a2786982.xml&template=4187.dwt&edition=13974&section=882

PNDH-3: Um golpe em andamento

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Revista Veja, edição 2147, 13 de janeiro de 2010.

Direitos humanos: Um golpe em andamento 

Brasil

Coisa de maluco

Ai, ai… Um decreto do governo defende a censura à imprensa e ataca o direito de propriedade. Pelo jeito, eles não desistem

Rodrigo Paiva/ Folha Imagem
DESUMANO
O secretário Paulo Vannuchi, ex-militante de
organização terrorista e artífice do decreto:
se não foi com revólver, vai com caneta

 

Era pior do que parecia – e a aparência já não era nada boa. Em dezembro, o Decreto dos Direitos Humanos, gestado pelo secretário especial de Direitos Humanos, o ex-terrorista de esquerda Paulo Vannuchi, provocou uma crise nas Forças Armadas ao propor a revisão da Lei da Anistia e a punição dos militares que cometeram crime de tortura durante o regime ditatorial. O surto de revanchismo constrangeu até o presidente Lula – obrigado a dizer que havia assinado o documento sem lê-lo. A afirmação do presidente fica tanto mais surpreendente agora, quando se revela a amazônica extensão do decreto cuja parte mais relevante ainda deve ser votada no Congresso. É praticamente uma revogação da Constituição Federal na garantia dos direitos democráticos mais básicos. Ao longo de 73 páginas eivadas de vociferações ideológicas e ataques ao “neoliberalismo” e ao agronegócio, o documento volta a propor o controle da imprensa, a prática de referendos e outras práticas de “democracia direta”, e a criação de leis que protegem invasores de terra em detrimento de suas vítimas. Nos três casos, fica claro que a preocupação com os “direitos humanos” figura no documento muito menos como propósito do que como pretexto para tentar fazer descer goela abaixo da sociedade propostas que o governo já tentou impingir-lhe de outras formas, sem sucesso.

Além de propor punições, que vão de multa à cassação de outorgas, a veículos de comunicação que publiquem informações consideradas contrárias aos direitos humanos, o decreto prevê um “acompanhamento editorial” das publicações de modo a elaborar um ranking de veículos que mais respeitam ou violam os ditos direitos (da forma como eles são compreendidos pelo governo, evidentemente). Em relação à questão agrária, as medidas que o Executivo pretende aprovar no Congresso não são menos estarrecedoras: o governo quer a “priorização” de “audiências públicas” entre fazendeiros e sem-terra antes que a Justiça conceda liminares no caso de invasões. Se houver mandado de reintegração de posse, o decreto sugere, candidamente, que o cumprimento da ordem seja “regulamentado”. Como liminares constituem, por definição, medidas urgentes que se destinam a evitar prejuízos e ordem judicial é para ser cumprida e não regulamentada, resta evidente que o decreto visa a proteger os invasores e obstruir o acesso dos fazendeiros à Justiça.

O decreto produzido pelo ex-terrorista de esquerda Vannuchi – com a colaboração dos ministros Tarso Genro, da Justiça, e Franklin Martins, da Comunicação Social, sempre eles – não se limita, porém, a lançar ideias sobre como censurar a imprensa, extinguir o direito à propriedade e emular o sistema chavista de “consultas populares” como forma de neutralizar os poderes da República. Numa espécie de samba do petista doido, ele dispõe ainda sobre assuntos que vão do apoio às organizações de catadores de materiais recicláveis à mudança de nomes de ruas e prédios públicos – aqueles que não estiverem de acordo com o gosto dos bolcheviques que ora habitam o Planalto, claro.

Na juventude, o secretário Vannuchi tentou transformar o Brasil em uma ditadura comunista por meio da guerrilha – ele foi militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), organização terrorista esquerdista. Agora, no crepúsculo da vida, tenta fazê-lo à base de canetadas. De uma forma e de outra, o ex-terrorista de esquerda Vannuchi entrou para a história pela porta dos fundos. Seu decreto é como achar que se pode matar inocentes em nome de uma causa política: coisa de maluco.

Fonte: http://veja.abril.com.br/130110/coisa-maluco-p-064.shtml

Nova investida contra a democracia

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Estadão/Opinião/Editorial

Terça-Feira, 19 de Janeiro de 2010 | Versão Impressa

Nova investida contra a democracia

Vem aí mais um ataque à liberdade de informação e de opinião, preparado não por skinheads ou outros grupos de arruaceiros, mas por bandos igualmente antidemocráticos, patrocinados e coordenados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A 2ª Conferência Nacional de Cultura, programada para março, foi concebida como parte de um amplo esforço de liquidação do Estado de Direito e de instalação, no Brasil, de um regime autoritário. O controle dos meios de comunicação, da produção artística e da investigação científica e tecnológica é parte essencial desse projeto e também consta do Programa Nacional de Direitos Humanos, outra desastrosa proposta do governo petista. O texto-base da conferência poderia figurar num museu de teratologia política, como exemplo do alcance da estupidez humana. Antes de enviá-lo para lá, no entanto, será preciso evitar a sua conversão em roteiro oficial de uma política de comunicação, ciência e cultura.

A palavra cultura, naquele texto, é usada com tanta propriedade quanto o verbo “libertar” na frase famosa “o trabalho liberta”, instalada sobre o portão de Auschwitz. “O monopólio dos meios de comunicação”, segundo o documento, “representa uma ameaça à democracia e aos direitos humanos.” É verdade, mas não existe esse monopólio no Brasil nem nas verdadeiras democracias. Um regime desse tipo existe em Cuba, como existiu noutras sociedades submetidas a regimes totalitários, sem espaço para a informação, a opinião e o confronto livre de ideias. Muitos dos companheiros do presidente Lula, entre eles alguns de seus ministros, nunca desistiram da implantação de algo semelhante no País. Segundo Lula, sua carreira política teria sido impossível sem a liberdade de imprensa, mas hoje essa liberdade é um empecilho a seus projetos de poder.

O documento defende “maior controle social” sobre a gestão de rádios e TVs públicas. Mas “controle social”, em regimes sem liberdade de informação e de opinião, significa na prática o controle total exercido pelo pequeno grupo instalado no poder. Nenhum regime autoritário funcionou de outra forma. Também a palavra “social”, nesse caso, tem um significado muito diferente de seu valor de face.

É preciso igualmente controlar a tecnologia: este princípio foi adotado desde o começo do governo Lula. Sua aplicação só não liquidou a Embrapa, um centro de tecnologia respeitado em todo o mundo, porque a maioria da comunidade científica reagiu. A imprensa teve papel essencial nessa defesa da melhor tradição de pesquisa. Isso a companheirada não perdoa. No caso do presidente Lula, o desagrado em relação à imprensa é reforçado por uma espécie de alergia: ele tem azia quando lê jornais.

Mas o objetivo não é apenas controlar a pesquisa. É também submetê-la a certos “modelos”. “No Brasil, aprendemos pouco com as culturas indígenas; ao contrário, o País ainda está preso ao modelo colonial, extrativista, perdulário e sem compromisso com a preservação dos recursos naturais”, segundo o documento.

Cultura extrativista, ao contrário do imaginado pelo companheiro-redator desse amontoado de bobagens, era, sim, a cultura indígena. O agronegócio brasileiro, modernizado, eficiente e competitivo, não tem nada de colonial, nem na sua organização predominante nem na sua tecnologia, em grande parte fornecida pela pesquisa nacional de mais alta qualidade. Ou talvez o autor daquela catadupa de besteiras considere colonial a produção de automóveis, tratores, equipamentos industriais e aviões. Não deixa de ter razão. Os índios não fabricavam nenhum desses produtos, mas indígenas das novas gerações não parecem desprezar essas tecnologias.

Segundo a secretária de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Silvana Lumachi Meireles, nenhuma proposta contida no documento pode gerar polêmica. Todos os itens, argumentou, foram referendados em conferências regionais. Mas conferências desse tipo não têm o poder de transformar tolices em ideias inteligentes nem propostas autoritárias em projetos democráticos. O governo insistirá, a imprensa continuará resistindo. A oposição poderia ajudar a conter esse projeto insano, se deixasse o comodismo e mostrasse mais disposição para defender a democracia do que mostrou diante do ameaçador decreto dos direitos humanos.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100119/not_imp497938,0.php

PNDH-3: Medindo forças com a sociedade

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MSM

Medindo forças com a sociedade

Tibiriçá Ramaglio | 09 Janeiro 2010
Artigos – Governo do PT

O decreto 7.037 que consubstancia o tal Programa Nacional dos Direitos Humanos é muito mais virulento do que se tinha percebido inicialmente. Tenho a impressão de que foi Reinaldo Azevedo quem abriu os olhos da imprensa, se não foi a senadora Kátia Abreu que, felizmente, não passou pelo texto sem ler – a pretenso exemplo de Lula – e já tomou atitudes para combater o instrumento com que o PT poderia ter dado um golpe de Estado em surdina. No jornal das 10 da Globonews, o comentarista Merval Pereira, como todos nós, cidadãos brasileiros, disse não acreditar que um decreto como esse seja aprovado pelo Congresso e ainda ter certeza de que Dilma Rousseff, Franklin Martins e Paulo Vanucchi não seriam ingênuos a ponto de acreditar que uma iniciativa dessa podia ser levada na base do se colar, colou. A partir disso, Merval, perplexo, se perguntava: então, por que fazer uma coisa dessas agora, no início de um ano eleitoral, num momento em que essa declaração de intenções totalitárias podem comprometer a campanha da chefe da Casa Civil ao Palácio do Planalto?

Considerando algumas hipóteses, eu arriscaria dizer que agora o PT ainda se achou em tempo hábil para medir forças com a sociedade, sem que isso interfira mais diretamente na campanha da camarada Dilma, pois o incidente, até lá, já terá caído no providencial esquecimento em que tudo se afunda sempre na história deste país. Era agora ou nunca, agora ou só depois da eleição, com a eventual vitória. De resto, não há nenhuma novidade no procedimento petista de medir forças – exceto o fato de ultimamente acontecer a partir de dentro do Estado. O PT já recorreu a expedientes análogos, por exemplo, fazendo apostas aparentemente disparatadas e tentando chegar às vias de fato por meio de iniciativas como o “Fora FHC”, que pedia o impeachment do ex-presidente após a desvalorização do Real, em janeiro de 1999. Antes de dar qualquer bote decisivo, o predador – covarde – sempre verifica a capacidade de reação da presa. Se ela ainda pode reagir, o bicho volta atrás e fica à espera de uma nova oportunidade.Por outro lado, não se pode descartar a possibilidade de o PT- mais uma vez – ter metido os pés pelas mãos, como aconteceu no caso do mensalão ou dos aloprados. O que o partido propõe no decreto 7.037 é simplesmente o mesmo programa filomarxista do qual ele nunca se afastou. A quadrilha já tentou, felizmente em vão, implementar diversos pontos “mais arrojados” desse programa ao longo do governo Lula. Quando faz isso mais atabalhoadamente, como no caso da tentativa de criar um Conselho de Jornalismo, ainda no primeiro mandato do filho do Brasil, ele volta atrás, sempre com maior consciência de suas próprias forças naquele momento. O que nos resta esperar é que, dado o caráter escancaradamente golpista desse decreto nefasto, uma boa parte dos agentes políticos deixe de lado definitivamente a ilusão de que o PT se converteu à social-democracia e de que existe uma substancial diferença entre Lula e Hugo Chavez.

http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

 

Comentários

 
#1 LIVIO OLIVEIRA 09-01-2010 10:14 Felicitações pelo artigo , prezado Tibiriçá Ramaglio. A propósito,Lula declarou que assinou o tal PNDH 3 sem ler. É claro que isso não é verdade. Mais uma mentira de Lula, porque, mesmo tendo horror à leitura, ele foi perfeitamente informado do conteúdo do documento, do que ele tratava. Mas com base na declaração de Lula, admitindo que assina documentos legais, que tem implicações para a vida de toda a nação, sem sequer tenha lido os mesmos, isso não é admissão de irresponsabilidade, de inépcia? Isso é costumeiro? O presidente assina todos os documentos sem os ler? Quantas vezes já fez isso? Não vi ninguém tocar nessa questão. Isso não seria motivo para se pedir o seu impeachment com base em crime de responsabilidade? Talvez ninguém queira fazer isso pensando na popularidade de Lula. Mas isso dá licença para que o governo do PT continue violentando a Constituição? A popularidade de Lula está acima das leis deste país? Onde está a OAB, que vive querendo revogar a Lei de Anistia, nesse momento? Ninguém terá coragem de confrontar o presidente sobre essa sua declaração de que assina documentos legais sem os ter lido?
 
 
#2 André Silveira 09-01-2010 12:01 Com essa PNDH3 e com o exemplo anterior de Honduras, ficou óbvio, mesmo para o mais recalcitrante cético, que a esquerda, capitaneada pelo PT, pretende modificar o estado brasileiro tão lentamente quanto seja necessário, como se fez na Venezuela, à la Chávez, e como se tentou em Honduras. A herança da esquerda traz consigo estas táticas, em uso por aqui. Mas ou a imprensa não acredita nestas, ou as teme ou destas faz parte — é inevitável uma das três. Certa vez, quando os sindicatos fizeram passeatas por todo o país, fazendo baderna, os jornalistas aqui do RS disseram: “Não dá para saber se foi orquestrado” — o mesmo embasbacamento apoplético de Nerval Pereira. A imprensa, quando honesta, parece que acha que 2 + 3 = 5 é teoria da conspiração. Então, para tranqüilizar-se repetem o mantra de que a economia vai bem e que isso são méritos óbvios mais objetivos que qualquer esquisitice política. Aqui no sul a imprensa só acredita em “fatos”, ao que adjetivam de “jornalístico”, como quando as enchentes recentes arrastaram meio mundo, e foi possível ir lá ver… E muitos que fizeram isso caíram nela.
 
 
#3 Leonardo Barbosa 09-01-2010 14:00 Apesar de tardia, a reação de alguns setores da sociedade é de alguma forma surpreendente.
Primeiro os militares, depois os clérigos da Igreja, alguns políticos da oposição, membros do próprio governo, e por fim a imprensa (principalmente a Globo).
Quem sabe ainda nem tudo esta perdido.
Mais ainda é pouco, se este fosse um país sério, as pessoas que tentaram este golpe, incluindo o Apedeuta, já estariam encarcerados.
 
 
#4 Everaldo de Oliveira Costa 09-01-2010 15:53 O Apedeuta disse ter assinado sem ler o tal decreto, mas com certeza sua Casa Civil o leu. Tendo lido e não advertido Sua Insolência, no mínimo seria caso de demissão sumária da terrorista Estela de sua atuais funções. Se não o faz é porque tudo foi devidamente planejado para medir forças com a sociedade, como bem abordou o articulista.
 
 
#5 RAFAEL 09-01-2010 16:20 Muito bem

Essa é a terceira versão do programa,é curioso não lembrarem que o mesmo vem sendo gestado desde a época do Presidente Fernando Henrique Cardos, e esta ultima versão foi feita apos amplos debates,principalmente após a conferencia nacional de direitos humanos me 2008 precedida de várias conferencias estaduais, uma delas inclusive organizada pelo comunista José Serra(que controla o PSTU por baixo dos panos), ora, pq os conservadores foram tão omissos.
Em tempo, isso é um decreto, não uma lei, temos constituição, judicário e congresso funcionando.

 
 
#6 Aristene Silva 09-01-2010 16:38 Temos judiciário e congresso funcionando AINDA, RAFAEL
Ainda…
 
 
#7 Vilmar Pacheco 09-01-2010 18:29 É MUITO GRAVE O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM BRASÍLIA, PARTINDO DESTE GOVERNO LULA E SEUS CAMARADAS…. (NÃO SE TRATA DE SÓ DE UMA POSIÇÃO POLÍTICA, POIS O SERRA, FHC TAMBÉM SÃO IGUAIS), MAS PRECISAMOS REAGIR E PROMOVER AÇÃO JUNTO AS FORÇAS VIVAS DO PAÍS PARA DERRUBAR ESTE PROJETO DE PROGRAMA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS.

NÃO HÁ OUTRA FORMA A NÃO SER UMA GRANDE MOBILIZAÇÃO NACIONAL, FIRME E INFORMATIVA, PARA OBRIGAR O GOVERNO A DESISTIR DESTE PROJETO NO SEU TODO, AFINAL DE CONTAS NÓS JÁ TEMOS UMA CONSTITUIÇÃO, E ESTE PROGRAMA É GOLPISTA, CONTRÁRIO A DEMOCRACIA, NÃO É MAIS POSSÍVEL CONCORDAR COM ESTAS PROPOSTAS FASCISTA/COMUNISTA, CONTRÁRIOS AO SENTIDO BÁSICO DO RESPEITO AS LIBERDADES E VALORES DA SOCIEDADE…. DAÍ É PRECISO MOVER UMA CAMPANHA COM O MAIOR NÚMERO POSSÍVEL DE PESSOAS, E VAMOS REAGIR E FORMAR UMA GRANDE REDE DE RESISTÊNCIA PARA MOVIMENTAR E INFORMAR A OPINIÃO PÚBLICA CONTRA ESTE GRAVE CRIME CONTRA O POVO BRASILEIRO, JUNTOS PODEREMOS VENCER E TER GRANDE FORÇA DE PRESSÃO ÀS INSTITUIÇÕES, POIS AINDA TEMOS TEMPO DE INTERROMPER ESTA LOUCURA DESTE GOVERNO …. CLAMO A TODOS OS INTER NAUTAS A SE ALIAREM E DIVULGAR UMA CORRENTE PARA PRESSIONAR O CONGRESSO, AS INSTITUIÇÕES, MOVER O PODER JUDICIÁRIO E DERRUBARMOS ESTA PROPOSTA INDECENTE DESTE GOVERNO…PARTICIPE E DIVULGUE ESTA CORRENTE, NÃO SE OMITA, O MOMENTO É GRAVE!

 
 
#8 arthur 09-01-2010 20:52 teste
 
 
#9 Daniel Akatsu 10-01-2010 00:40 PNDH3. Isso não é lei, isso não é decreto. Isso é nome de uma nova gripe, daquelas que matam aos milhões.
 
 
#10 jose carlos 10-01-2010 21:38 Tibiriça é por ai é treino é a mesma tática usada por Hitler,ir verificando onde estão as resistencias e destruindo-as,lembram do mensalão o desfecho deveria ter sido impechement e cadeia não foi,resultado destruiram aqueles adversários e agora,já indentificaram os resistentes que estes ponham a barba de molho
 
 
#11 Everaldo de Oliveira Costa 10-01-2010 21:41 Ao PeTralha de plantão, informe-se melhor.
veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/ainda-o-golpe-dos-direitos-humanos-desconstruindo-outra-mentira/
 
 
#12 Saulo de Tarso Silvestre Sanhueza Manriquez 11-01-2010 00:50 Citando Daniel Akatsu:

PNDH3. Isso não é lei, isso não é decreto. Isso é nome de uma nova gripe, daquelas que matam aos milhões.

É quase isso Daniel, pois não é bem uma “nova” gripe. A gripe é basicamente a mesma (em efeitos e em índices de fatalidade), só que o vírus da gripe comunista sofreu mutações e passou a usar com mais eficiência as “células” da democracia representativa para infectar o sistema.

Abraço.

 
 
#13 Leandro Teles Rocha 11-01-2010 14:22 Ótimo artigo, para abrir os olhos daqueles que ainda acreditam que o Lula deixou de lado sua velha ideologia comunista.
 
Fonte: Mídia Sem Máscara – http://www.midiasemmascara.org/artigos/governo-do-pt/10675-medindo-forcas-com-a-sociedade.html 

PNDH-3: A liberdade não foi convidada

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Do blog do Augusto Nunes:

SEÇÃO » Direto ao Ponto
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A liberdade não foi convidada

14 de janeiro de 2010

 .

A Declaração Universal dos Direitos Humanos tem 30 artigos. O 1° constata que todos nascemos livres. O 3° estabelece que  todo homem tem direito à liberdade.  O 17° sublinha o direito irrevogável à liberdade de opinião e expressão.  Sempre claros e coerentes, outros registros condensam em linguagem diplomática uma concisa lição de Don Quixote a Sancho Pança.

“A liberdade”, ensinou o personagem de Miguel de Cervantes, “é um dos mais preciosos dons que aos homens deram os céus; a ela não podem igualar-se os tesouros que encerra a terra e nem o mar encobre; pela liberdade, assim como pela honra, se pode e deve aventurar a vida; e, pelo contrário, o cativeiro é o maior mal que pode vir aos homens”.

O 3° Programa Nacional de Direitos Humanos tem 71 páginas e 29.538 palavras. Nesse pântano de vogais e consoantes, a expressão liberdade vem à tona 19 vezes, sempre com significado diverso  ─ e muito menos nobre ─ do que lhe atribuíram o magnífico escritor e os arquitetos do mais belo documento político da era moderna. A Liberdade ─ substantiva, maiúscula, luminosa ─ não figura entre os direitos humanos vislumbrados por pastores do autoritarismo. A Liberdade não foi convidada para o comício da companheirada.

O Programa Nacional de Direitos Humanos é também o esqueleto da plataforma política da candidata Dilma Rousseff (que chancelou o papelório irresponsável com o selo de má qualidade da Casa Civil).  A palanqueira sem rumo e seu padrinho sem siso andam sonhando com um Brasil polarizado entre os soldados do povo e a elite golpista. Se o Guia do Stalinismo Farofeiro não for atirado ao lixo a tempo, o casal de caçadores de votos pode acabar  enredado num duelo perigoso.

Do lado de lá estarão os liberticidas. Do lado de cá, os democratas que jamais capitularam. Eles não passarão sem resistência.

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-liberdade-nao-foi-convidada